Você merece enriquecer - Resenha crítica - Suh Yoon Lee
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Você merece enriquecer - resenha crítica

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Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The having

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN:  978-65-80435-61-6

Editora: Buzz

Resenha crítica

A corvina amarela

Jooyun Hong veio de uma família com cultura avarenta. Seu pai passou a vida economizando dinheiro. Ele acreditava que o que ganhamos não foi feito para ser usado, mas para ser guardado. Economizava com tudo. Seu prato favorito era a corvina amarela. No entanto, ele nunca comia, por achá-lo caro.

Aos 70, o pai de Jooyun descobriu que tinha câncer. Teria só três meses de vida. Ele entrou em desespero. Jooyun também. Ela apressadamente comprou várias corvinas amarelas para o pai comer. No entanto, as células cancerígenas já tinham se propagado no estômago. Era tarde demais.

O pai de Jooyun se arrependeu no leito de morte. Ele aconselhou a filha que nunca fosse tão avarenta. Implorou para que a filha encontrasse um jeito de enriquecer sem precisar sacrificar o presente no caminho. Ele morreu sem usar todo o dinheiro que acumulou. Jooyun tomou isso como missão. Por isso, decidiu procurar Suh Yoon Lee.

A guru dos ricos

Suh Yoon Lee era a “guru dos ricos”. Desde os 6 anos, ela se dedicava a estudar riqueza. Na adolescência, já aconselhava pessoas ricas. Aos 20, se consolidou como a grande especialista no assunto na Coreia do Sul. Ela tinha a fama de ter dominado a sabedoria clássica oriental e asiática.

Líderes influentes do mercado a procuravam em busca de conselhos. Perto dos 40, a guru da riqueza foi procurada por uma jornalista que tinha perdido o pai recentemente. Era Jooyun. Embora fosse razoavelmente bem-sucedida em jornais conhecidos, ela não era rica. Tinha dificuldades para pagar as contas e viver com tranquilidade. 

Então, decidiu fazer uma reportagem com Suh. Só que sua intenção real não era só fazer uma entrevista para a imprensa. O desejo verdadeiro de Jooyun era aprender os segredos de como ficar rica. Queria honrar a vontade do pai. Apesar da inacessibilidade de Suh, a jornalista conseguiu um horário com ela. 

"Usufruir" é sentir abundantemente o que você tem

A primeira pergunta que Jooyun fez foi: “como ficar rica?”. A resposta foi enigmática: "usufruir". Suh disse que há muito dinheiro no mundo. Como sentimos o toque da água, podemos sentir a abundância. Se um riacho vai para o oceano, "usufruir" é algo que nos faz desaguar em uma riqueza maior.

A guru da riqueza explicou que "usufruir" é a capacidade de sentir abundantemente o que se tem ao gastar dinheiro. É a forma mais simples de enriquecer. Jooyun se lembrou de quando comprou seu celular. Ela se sentiu culpada por gastar demais e a preocupação cruzava sua mente sempre que precisava pagar uma parcela no cartão de crédito.

Percebeu que o que sentiu era culpa, não abundância. Então, Suh sugeriu que Jooyun prestasse atenção nos objetos ao seu redor. A jornalista observou a xícara de café que estava segurando. Ela tinha condições de pagar. De repente, percebeu que poderia arcar com a deliciosa experiência que estava vivendo e sequer havia reparado. Sentiu-se abundante e grata.

Troque suas lentes

Com uma simples observação, Jooyun transformou a ansiedade desconfortável de gastar na gratidão revigorante de "usufruir". É uma mudança de perspectiva simples e poderosa. Ao comprar, pensamos em como as coisas são caras e prejudicarão nosso orçamento. No entanto, esquecemos de agradecer pela possibilidade de comprá-las.

Jooyun olhou para sua bolsa e suas roupas. Sentiu novamente abundância. Agradeceu por tê-las. Suh contou que essa é a sensação de "usufruir". É um sentimento interior de felicidade, riqueza e gratidão. A guru da riqueza sugere parar de acionar o interruptor do “dinheiro insuficiente” para acionar o de "usufruir".

Quando o acionamos, sentimos automaticamente emoções positivas. "Usufruir" é trocar as lentes para deixar de ver o que falta e ver o que já está lá. Não é uma tarefa tão simples. Temos estereótipos cristalizados na mente. No entanto, podemos começar com coisas pequenas. Basta olhar ao redor e agradecer pela abundância do que temos.

O primeiro passo para "usufruir" é viver

"Usufruir" não é só agradecer pelo que podemos comprar. Envolve também viver o momento. Aproveitar o sol, a vista, o dia e a natureza também faz parte da filosofia de "usufruir". Jooyun pôs a ideia em prática comendo um sorvete, prestando atenção em cada detalhe do sabor.

A jornalista se encantou com como Suh aproveitava cada momento. A guru da riqueza se divertia e sorria com coisas simples, como ouvir um músico de rua cantar. A ansiedade e a preocupação das pessoas faz com que percam esses pequenos prazeres. Jooyun vivia sobrecarregada e distraída antes de praticar o "usufruir".

Suh fez uma experiência com Jooyun. Levou-a a um restaurante e pediu um bife de bisteca. Depois, pediu para que ela comesse lentamente, reparando em cada detalhe, como se fosse o primeiro bife de sua vida. A jornalista sorriu e se perdeu no prazer de comer. Ela estava aprendendo a "usufruir" da comida.

A energia é a causa, a matéria é o efeito

Para Suh, todas as pessoas ricas de verdade tornaram o "usufruir" uma parte de suas vidas. Só que elas não se sentem bem só porque têm dinheiro. Elas já se sentiam antes, e por isso são abastadas. A ordem é oposta. Para Suh, a energia vem antes da matéria.

As emoções são uma chave de energia. O dinheiro é um tipo de matéria. Suh acredita que é preciso sentir que tem dinheiro antes de tê-lo. Assim, atrairemos. Se aproveitarmos o que temos de forma positiva, o universo trará mais para nossa vida. A energia é a causa, a matéria é o efeito.

Os ricos não praticam o "usufruir" por ter dinheiro, e sim, têm dinheiro por praticá-lo. Ao aproveitar o que temos com alegria e gratidão, mais dinheiro virá. A energia das emoções trará abundância. Concentre-se na ideia de que você tem dinheiro, ainda que, no momento, seja só uma moeda. Com o "usufruir", ela se multiplicará.

Eficiência máxima com esforço mínimo

Já passamos da metade do microbook e Suh conta que enriquecer é como andar de bicicleta. A força que fazemos nos pedais muda de acordo com a posição dos calcanhares. É o ponto de aplicação. Dependendo da posição dos pés, conseguimos até cinquenta vezes mais força. 

O mesmo acontece quando usamos um martelo. Precisamos de mais ou menos força dependendo da parte do cabo em que seguramos. Enriquecer segue a mesma lógica. É possível conseguir mais dinheiro com a mesma quantidade de esforço, desde que encontrando o ponto de aplicação certo. 

O "usufruir" ajuda a achar o melhor ponto de aplicação possível. Com ele, é possível ter eficiência máxima com esforço mínimo. É eficiência. O dinheiro pode chegar de várias formas. Os ricos de verdade sintonizam na abundância. Os de mentira, por sua vez, focam na mentalidade de “dinheiro insuficiente”. Seu dinheiro nunca dura muito.

Use seus sentimentos para criar riqueza

Para Suh, emoção é energia. Ela pode mudar a realidade. É algo que se conecta com a força da vida e é uma fonte de riqueza. A chave é o que sentimos, não o que pensamos. A sociedade mantém uma fé cega na razão. No entanto, o que pavimentará um futuro melhor é o uso dos sentimentos.

"Usufruir" é usar os sentimentos para criar riqueza. A força motriz da riqueza está nos corações. Não depende de herança ou genialidade. A receita é mais simples do que isso. Jooyun passou a vida achando que as emoções eram uma extravagância. Deixá-las à mostra seria um problema. 

A razão deveria prevalecer. Era isso que a sociedade cobrava. Então, Jooyun se tornou mais robótica. Ela embotou as próprias emoções. Suh lhe fez pensar de forma diferente. Para ela, as emoções são a energia que o universo dá a cada um.

Você já sabe a resposta

Podemos mudar o mundo diante de nós. É só usar as emoções. Suh conta que há pistas quando usufruímos. São os “sinais de usufruir”. Quando não devemos comprar algo, ficamos inquietos. A intuição diz que algo está errado. Para Suh, esse é um sinal vermelho. 

Nossa voz interior está dizendo que não é para fazer algo. Por isso, ficamos desconfortáveis. No entanto, quando sentimos naturalidade e conforto, é porque a decisão de comprar é a certa. Se você ouve a sua própria voz, sente-se mais confortável. No entanto, nem sempre podemos ouvi-la por causa do ruído do mundo.

A voz interior dá sinais do “usufruir”. Você já sabe a resposta. Quando a decisão é a certa, a pequena quantidade de receptividade e conforto que está na sua mente cresce aos poucos, conforme seus sentimentos ficam claros. Olhe os sinais verdes e vermelhos. 

Se quiser demais um coisa, ela não acontecerá

Segundo Suh, é preciso sentir como se já tivéssemos aquilo que queremos antes de tê-lo de fato. No entanto, raramente olhamos com um desejo latente para nossos objetos. Nos acostumamos com o que é nosso. Por isso, não precisamos mais querer tanto.

Quando você quer muito uma coisa, concentra-se na falta. Sente-se assim porque, no fundo, acredita que aquilo ainda não é seu. Suh sugere uma mudança nessa mentalidade. Precisamos agir como se já tivéssemos e esquecer. Jooyun queria muito ficar rica. Mas se concentrava no “dinheiro insuficiente”, por causa do excesso de desejo.

Por isso, tinha poucos resultados. O “usufruir” leva a uma sensação de leveza e conforto. Quanto desejamos demais, ficamos ansiosos. “Usufruir” é como flutuar sobre um riacho em uma boia. Já desejar excessivamente, é como empurrar uma caixa pesada em uma montanha pedregosa. O aumento da força sobe também a fricção contra você.

Liberte-se da própria visão de mundo

Suh acredita que as pessoas se aprisionaram. Elas se prenderam à própria visão de mundo e encarceraram seu potencial. Quem conseguir se libertar disso pode usá-lo para enriquecer. Ela acredita que existem duas visões de mundo:

  • A mecanicista, que vê o mundo como uma grande máquina. Ele se explica por causas e efeitos lógicos. Funcionaria do mesmo jeito caso não estivéssemos aqui.
  • A orgânica, que não nos põe só na participação de meros observadores. Nela, estamos conectados ao mundo. Interagimos com os outros e trocamos energia com a realidade.

A visão orgânica é comum no Leste Asiático. O taoísmo mostra que somos um só com a criação. O budismo diz que todos temos as mesmas raízes. O confucionismo mostra que estamos todos unidos. Na filosofia oriental, somos todos interdependentes. A vida surge como um organismo vivo, que é a natureza.

Saia da matrix

Na visão mecanicista, somos só uma parte do mundo. Na orgânica, somos capazes de mudá-lo. Os ricos de verdade mudam a realidade como a massa de um cookie. Elas têm uma visão de mundo diferente das demais. A energia que exalam é outra. 

Não é certo lutar para se encaixar como uma peça de máquina. Só que a maior parte das pessoas aceita a lógica mecanicista. Elas vivem como engrenagens em uma fábrica. O potencial se acorrenta no início. Por isso, pensam que devem controlar a ganância e fazer imensos sacrifícios para vencer a pobreza.

Aprendemos na escola que precisamos ser parte de uma máquina e deixar os sonhos de lado. Vivemos na Matrix do mecanicismo. Colocamos os limites do quanto podemos ganhar muito cedo. Só que, no mundo real, podemos libertar nosso potencial e mudar o mundo. É isso que os ricos fazem.

Notas finais

“Você merece enriquecer” traz uma promessa de riqueza inspirada na lei da atração e em práticas de gratidão. O livro também explora algumas ideias de tradições espirituais orientais, como a atenção plena, praticada no budismo, e a visão de mundo orgânica, do taoísmo.

Dica do 12min

O budismo é uma das tradições espirituais mais populares do mundo oriental. Sua principal prática é a meditação. Daniel Goleman mostra vários experimentos neurocientíficos que revelam seus benefícios em “a ciência da meditação”. Confira no 12 min!

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Quem escreveu o livro?

Suh Yoon Lee é consultora empresarial e estudiosa da riqueza. Tornou-se conhecida como “gu... (Leia mais)

Jooyun Hong é jornalista. Tem um MBA em finanças pela Universidade da Pe... (Leia mais)

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